Não esperava chegar aqui no dia em que iniciei este blog a 6 de Março de 2009.
Um modo agradável de chegar ao fim de 2011.
Por vezes não sou tão assídua quanto desejava mas também acho que não devemos fazer da participação uma obrigação, mas uma devoção e uma maneira de espairecer o dia a dia.
Quero agradecer a todos os que com simpatia e boa vontade me visitam tornando este cantinho um modo de inter-agir e dialogar com os meus amigos (as) virtuais.
Alguns são mais do que virtuais e não tenho dúvida de que me servem sempre de alento nos bons e nos menos bons momentos.
Obrigada a todos e voltem sempre que possam pois dão-me muita alegria com os vossos comentários.
Hoje que se comemora o nascimento de Jesus parece-me bem que ouçamos os Parabéns traduzidos na linguagem musical dos maiores compositores de todos os tempos.
O maestro Zubin Mehta aqui é conhecido pelo seu talento e pela sua versatilidade e quem não se lembra de o ver a reger a orquestra no primeiro concerto dos Três Tenores - Plácido Domingo, José Carreras e Luciano Pavarotti na cidade de Roma ?
Por isso deixo-vos este magnífico vídeo gravado em Espanha e onde podem confirmar esse talento ao serviço da diversidade.
Esta é a minha mensagem de Natal para todos vós e façamos por não esquecer que também são necessários o amparo e a solidariedade nos restantes 364 dias do ano.
Aqui fica para que não esqueçamos o que nos ofereceu 2011.
Depende de como encarámos os acontecimentos, a nível pessoal, familiar, do país e do mundo.
Por mim foi um ano complicado que me pregou algumas partidas imprevisíveis.
Quanto ao país não nos podemos orgulhar dos oferecimentos feitos pelos governantes.
Tenhamos esperança, não de um 2012 melhor face a todas as contingências, mas conscientes de que tudo faremos para minorar as sinuosidades de um caminho que se impõe difícil.
A ausência transforma os nossos sentimentos em saudade e sente-se no coração e na alma.
Ausência dos amigos, tantos, e familiares, do meu pai, da minha mãe, da minha avó, que já partiram e me deixaram um buraco negro.
No entanto, a ausência/saudade dos que connosco privam e fazem parte de nós, também se sente até com a partida para uma simples viagem porque sabemos que isso implica a falta de aproximação e a não realização e confirmação dos cinco sentidos.
Quando alguém que me é querido parte, ou mesmo quando sou eu a partir, é como se o vazio se instalasse e me impedisse de raciocinar.
Por isso aqui fica a Marisa Monte que, pelos vistos, também pensa como eu.
Hoje achei por bem dedicar esta presença ao João Meneres.
Como a Carminho é uma eleita dos seus intérpretes favoritos, quero deixar aqui o fado "Escrevi teu nome no vento" para que ouça e "deguste" como se de um néctar se tratasse.
Mais uma vez realço este tema, uma constante do dia de hoje, pois considero que nunca é demais valorizar o feito conseguido por um dos ícones que nos representa a nível mundial.
Gostei de ver a peça nos telejornais e o tão esperado veredito da UNESCO - "Adopted".
Não há dúvida que foi uma recompensa para todos que de uma forma ou de outra contribuiram para este objetivo - cantores, músicos, compositores e até o público que tantas vezes aplaudiu e aplaude as gerações passadas e as presentes.
Hoje deixo-vos o Camané, premiado como a voz mais representativa da nova geração do fado.
Ainda na continuação do Fado, que está na ordem do dia, ouçam esta violinista polaca.
Ela consegue fazer-nos chorar em dose dupla perante a sua fenomenal interpretação da música Com que Voz que por si só já faz com que se sinta a verdadeira nostalgia.
Natalia decidiu adotar Portugal como sua terra aqui .
O VI Comité Inter-Governamental da UNESCO, que analisará a candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade, começa hoje, em Bali, na Indonésia, decorrendo até dia 29.
E dirão vocês o que é que isso interessa numa altura em que a instabilidade do país impõe que nos debrucemos sobre assuntos mais importantes?
Mas é porque somos portugueses que também nos regozijamos que o fado seja visto internacionalmente como um padrão português que traduz muitos anos da vida de um povo que de sofrimento em sofrimento soube eleger uma canção que na voz de homens e mulheres traduziu os seus sentires, quereres e padecimentos.
Hoje deixo-vos o Carlos do Carmo com um dos muitos fados que gosto de ouvir, quer pela melodia, quer pela letra que define uma parte da vida popular do nosso país.
Às vezes parece-nos impossível que algumas das tónicas da sociedade sejam uma constante de todos os tempos.
Da Monarquia (todas as Dinastias) à República (todos os Presidentes) se assistiu e assiste à continuação das mentiras e oportunismos que puxam as brasas sempre aos mesmos.
São eles por quem não passam as dificuldades impostas porque conseguem ultrapassá-las sempre às cavalitas das classes menos favorecidas.
A essas classes os favorecimentos não lhes chegam, pese embora a maior parte das vezes a sua dedicação ao estudo, ao trabalho e às causas sociais.
Será que teremos de continuar a viver deparando com as injustiças feitas a uns em benefício daqueles que quase não contribuem para o desenvolvimento do povo e do país?
Por isso vejam a oportunidade das quadras de Anónio Aleixo que, por força dos homens, continuam tão atuais.
CINCO QUADRAS
Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.
Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.
Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.
Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!
Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.
Recebi por mail e achei que era ótimo partilhar este vídeo.
Vejam lá se não é verdade.
Deveríamos todos questionar sempre que não entendemos.
Mas, sobretudo, deveríamos aprender a escrever para toda a gente comprender as ideias, as instruções ...
Infelizmente o que se vê é precisamente o contrário; isto leva a que ou não se leiam documentos importantes ou, para os mais pacientes, a cada palavra terem de ir ao dicionário, o que leva, também, à desmotivação.
Um bom exemplo de tudo isto, são as leis
E não se esqueçam. Quando não perceberem perguntem, porque com a insistência talvez se consigam aclarar as mensagens que tantas vezes nos querem e teimam em passar.
Hoje podemos conjugar este tipo de capicua que só raramente acontece . No entanto vamos ter uma semelhante em 12-12-2012.
Neste dia, em que também se festeja o dia de S. Martinho aqui é tradição comer castanhas e beber vinho, água-pé, jeropiga...
Se vos disser que eu, abstémia, hoje ao almoço cumpri o hábito a preceito comendo umas castanhinhas e bebendo um copo de água-pé. Foi-me oferecida uma garrafa e eu bebi e até gostei.
Vou dizer-vos que não tinha passado muito tempo e estava eu com um calor na cara sem saber muito bem porquê, tão a ver?
Mas não foi nada mau. Ficou-se bem e depois ainda fui às compras e dar umas voltas que precisava.
Conduzi, "cavaqueei" (que me soube muito bem) e fiz tudo direitinho, o que quer dizer que para o ano vou repetir a dose.
Só vos peço que sejam solidários comigo mesmo que seja só em pensamento.
Já todos devem ter passado pelo mesmo e por isso sabem certamente o que é ter uma casa virada do avesso com obras, abrir alguns roços nas paredes, mudar marquises, .......
Tenho cá o Bob e é ele quem manda....
Pois meus caros, tenho pó por tudo o que é sítio e aqui eu e o meu computardozinho, mesmo num quarto, ainda conseguimos sentir o pó que entra por debaixo da porta fechada.
Estou de toalhita na mão e vou-o limpando para não ficar todo branquinho.
E perguntarão vocês, e com muita razão, o porquê desta confusão numa altura destas?
São inesperados que nos obrigam a fazer algumas remodelações e por isso decidimos fazer a confusão, que esperávamos fazer só na Primavera, toda de uma vez.
Vamos ver quando me verei livre de tudo isto, mas depois vai saber bem (esperemos) ver o resultado.
Até lá, se ficar boazinha da cabeça, já me dou por muito contente.
Hoje um ritmo para desanuviar olhos e ouvidos não só pela música e movimento, mas também pela elegância dos dançarinos dignos de um qualquer chisel de escultor.
Se quiserem saber mais sobre a história deste ritmo , vejam aqui
E quando acabar este vídeo podem ver outros ritmos no seu seguimento.
Este fim de semana, mais propriamente no sábado, fizemosuma excursão "cá dentro" com os compadres.
Saimos cedinho e passámos por Fátima, que tinha imensa gente, ou não fossesempre centro de devoção e fé, acrescida por estarmos em Outubro.
O culto mantém-se e a paz de espírito que se sente fala sempre bem alto.
Seguimos para Coimbra, onde almoçámos um leitãozinho da praxe. Não, não fomos à Mealhada, preferimos experimentar um sítio que o compadre já conhecia e fez questão – o Rui dos Leitões.
Bem servido e uma verdadeira relação qualidade/preço.
E lá continuámos….. até Aveiro.
Devo dizer que me espantou a organização do concelho de Ílhavo.
A Ria transbordava de gente e barcos moliceiros que fazem o circuito dos canais - a Veneza portuguesa - bem orientado, económico, digno de qualquer cidade europeia.
E assim entrámos nummoliceiro onde fizemos um passeio muito agradável.
Foi também vez de comprarmos uns docinhos para gula do meu filho, fã de ovos moles.
Depois a Barra e Costa Nova. Assombroso aquele fim de tarde . Parece que adivinhávamos tirar um dia para despedida do tempo de Verão prolongado.
Hoje a chuva já chegou e o vento também se faz ouvir entre os ramos das árvores, teimando em arrastar o que encontra aqui pelo concelho de Sintra.
Já tenho saudades, não do calor escaldante, mas da temperatura amena e sol morno, que permitem as minhas leituras com o pé na relva.
Lá vou ter de esperar mais uns meses para voltar ao que eu chamo de “minha esplanada particular”, mas vou fazê-lo na casa onde o vento também sopra forte e revolve as águas, mas nós sentimo-lo com menos intensidade.
Cada dia que passa aumenta a minha preocupação com a falta de visualização de um futuro, onde as medidas tomadas pelos governantes deste país consigam ultrapasssar a crise, sem tendências de grande revolta face às injustiças que se vão praticando.
Acabei de ouvir o ministro das finanças deste país que teima em proclamar a necessidade de sacrifícios e mais sacrifícios e dava sempre uma "guinada" e tinha um "engasgo" quando lhe era feita uma pergunta concreta fora do que lhe dava jeito responder.
Como é possível que afirme agora o que antes considerava impraticável?
Ele que se insurgiu contra o corte do subsídio de Natal para os funcionários públicos e reformados?
No entanto, como o caso não se aplica aos funcionários das empresas privadas continuará a existir uma grande desigualdade de critérios para trabalhadores em igualdade de circunstâncias.
Isto tudo, claro, na calma e sossego que lhe é peculiar. O senhor ministro pode ser calmo mas cá para mim aquele modo de estar e falar é abuso de Valium.
Será que para seguirmos mais tranquilos e esperar que o pior passe teremos de optar pela mesma solução?
Depois de acabar de ouvir, mais ou menos, o discurso de Passos Coelho, e digo mais ou menos porque todos eles já me causam agonias, após o dia em que se reuniram para discutir o Orçamento para 2012, fiquei de tal modo irritada que acho que só a música para me acalmar os ânimos e a alma.
Não sei se ouviram, mas, em caso afirmativo, fica aqui um relaxamento para o corpo e para a mente.
Acho que vale a pena partilhar esta graça que acabei de receber.
Vejam lá se não está boa.
ASSALTO AO BANCO (HAHAHAHAHA)
A polícia estava a fazer uma operação stop quando um banco foi assaltado, nas imediações do Morro Bento.
Depararam-se com um Toyota Hiace suspeito, onde estavam 8 negros.
Mandaram parar, e o chefe da patrulha policial ordenou:
"Todos fora do carro, já"!!!
Os negros obedeceram em silêncio. Agora um por um, digam-nos donde vêm e o que fazem tantos numa carrinha.
E eles obedientes foram respondendo um a um:
Mas antes da ajuda e independentemente das nossas atividades diárias, quer físicas, quer intelectuais, é importante tirarmos uns minutinhos de relax. Faz bem ao corpo e à mente.
É importante que relembremos os nossos tempos de criança dedicando-nos a algumas brincadeiras que nessa época nos davam grande prazer .
Aqui fica a minha sugestão para hoje - andem de baloiço e brinquem, brinquem muito...
Agora, e como pediram divulgação, é sempre bom sabermos estas coisas.
Ajudamos os outros e dá-nos nuito jeito para resolvermos alguns dos nossos problemas de restauração.
A Associação ELO SOCIAL presta diversos serviços, através do Emprego Protegido, a custos reduzidos e de qualidade garantida.
Entre eles, têm as Secçoes de
Carpintaria, Estofamento e Restauro.
Sofás e cadeiras que necessitem de ser estofados e consertados podem entregar-lhes esse trabalho com a certeza de que vos irá surpreender quanto à qualidade e preço. Neste momento, por falta de adequada divulgação estão quase sem trabalho - daí estarem a fazer uma promoção na redução do seu preço de tabela até 30%!
Para aqueles que residam na área de Lisboa, eles vão a casa gratuitamente buscar e entregar, como apresentam orçamento para a reparação.
Trabalham igualmente para empresas.
Pedimos-vos caros visitadores que divulguem também esta mensagem junto dos vossos amigos e conhecidos.
Há uns dias que não passava por falta de oportunidade.
Hoje um amigo deu esta informação e achei que a sua divulgação poderá ser de grande utilidade para muitas pessoas, quer na ajuda, quer no benefício de alguns.
Aqui fica para que divulguem. Todos agradecem.
"Venda do coração"
Um grupo de amigos organiza, todas as quintas feiras no Rato (no anexo segue a morada) uma venda de roupa a muito baixo preço. Elas necessitam de divulgar estas acções junto das populações mais carenciadas, e estão a pedir a ajuda de todos. A venda é de roupa (Adulto e criança) em bom estado a preços desde 0,50€. A ideia é boa, mas parece que não está a chegar a quem realmente necessita por falta de informação. Ajudem a divulgar. Se puderem ajudar, elas certamente agradecem. Os que mais necessitam não têm que agradecer (é nossa obrigação, dever, valor absoluto tornar este mundo mais SOLIDÁRIO). Passem a palavra ! No Rato às quintas feiras das 11h30 às 14h30. Mª Adelina Amorim (Presidente da ACLUS- Associação de Cultura Lusófona)
Os meus colegas da EGOR decidiram que eu deveria ter um jantar comemorativo da minha passagem à reforma.
E neste sábado juntámo-nos numa animada reunião onde me mimaram com manifestações de carinho e amizade.
Não foi um jantar de despedida pois é minha intenção participar, sempre que me for possível, nas reuniões de bom humor e brincadeira que vão organizando durante o ano.
Finalizaram com uma oferta que eles próprios elaboraram e que me deixou muito comovida: uma caderneta - "Os Cromos da Egor" - onde esses mesmos cromos são o testemunho das pessoas e ocasiões que se perpetuarão nas imagens registadas.
Espero poder sempre retribuir toda a dedicação daqueles que distinguiram a minha passagem pela Egor.
Permiti-me publicar este artigo que encontrei no blogue de um amigo por achar que a natureza nos dá presentes que devemos partilhar.
Fechem os olhos e vamos até à Indonésia.
Delicie-se nesta viagem em águas profundas junto à ilha de Sulawesi na Indonésia. No canto superior esquerdo encontra os nomes dos seres que vai observando.
Swiss-born artisan Cristobal Vila has had a long relationship with the traditional arts. Watercolor, acrylic and oils butted up with technical drawing tools. At an early age, his family moved to Zaragoza in Spain. There he schooled in graphic design and industrial design. Ten or eleven years ago he moved across into the digital realm. This was a turning point, but only in the tools he used.
He studied at Sant Jordi in Barcelona and went out into the industry as a designer, illustrator, art director and in 1997, he leapt into 3D.
“As I was familiar with Mac computers I began with Electric Image (EIAS), which was a powerful package available for Mac at that time,” describes Vila. “And I have used it a lot from then up til today for almost all of my projects. Since I must use other tools for modeling I moved my attention on Luxology modo.”
Estou a ver na RTP1 "Amigos para sempre" um programa que recorda e enaltece algumas das pessoas que fizeram parte do nosso percurso de vida, enriquecendo o panorama musical e teatral e já desaparecidos.
Salientava há pouco José Pedro de Vasconcelos que este programa realça as "passagens de testemunho de geração em geração ".
Deste modo permite-se que as novas gerações contatem e tenham conhecimento dos muitos que enriqueceram o nosso panorama cultural ao longo do último século.
E salvo as atuações da noite, temos como pano de fundo a música "Amigos para sempre" na sublime interpretação de Sarah Brightman e José Carreras.
Aqui vou continuando enquanto S. Pedro for deixando, neste mês de Setembro.
Há espaço, ar puro, ouvem-se os galos e a minha "Riscas" está muito contente.
Agora até dá jeito, pois aqui ninguém vê o estado lastimoso em que me encontro. Só mesmo os da casa ou os de muito perto.
Como são os primeiros tempos da reforma, estou a gostar de não olhar para o calendário e para o relógio para saber quando acabam as férias ou é 2ª feira.
Dois degraus, uma pirueta, uma cabeçada num portão de garagem, uma aterrisagem de joelhos, esticão ao tendão da perna esquerda.
Resultado: um galo do tamanho do mundo na testa do lado esquerdo (neste momento com o hematoma a descer para o olho) e uma coxinha que não promete nem vai, mas que se vai arrastando.
É verdade, não tenho feitio para estar quieta e a menos que as dores sejam insuportáveis, que é quase o caso no que diz respeito à perna, cá vou andando, mas mal.
Já valeu o gelo em tudo o que é amolgadela, a pomada anti-inflamatória acompanhada dos respetivos comprimidos com os mesmos componentes.
Parece que não falta nada. Mas lá que o caso poderia ter sido bem mais sério, lá isso podia.
O que vale é que Alguém está sempre por perto e dá uma mãozinha.
Já me lembrei que podia inventar um qualquer caso de violência doméstica e vingava-me assim das rabujices do meu marido. Estou a brincar. Por muito rabugento às vezes, também não merece tal maldade.
Desejem-me as melhoras muito rápidas porque não tenho vida para alterar o meu biorritmo com mariquices de trambolhões.
É espantoso como há pessoas com tanta garra. Eu acho que não é só vontade. Nasce-se assim.
Vejam esta história que passou ontem em documentário na RTP.
"Conhecia o mundo inteiro e nunca tinha vindo aqui, porque sabia que quando viesse, nunca mais me ia embora."
Luísa Fernandes chegou sozinha a Nova Iorque em 2003, de malas feitas e um objectivo: viver e trabalhar em Manhattan. Tinha 49 anos, não conhecia ninguém na cidade e não sabia falar inglês, ao contrário do que pensava: "Estava convencida de que sabia muitas palavras em inglês e que conseguia juntar aquilo tudo, mas quando cheguei não percebia uma palavra do que diziam." Dois meses depois, com a ajuda de dois dicionários e muitos telejornais, já percebia o que lhe diziam e já se fazia entender. A vida começou a correr tão bem que em Novembro de 2009 foi uma das vencedoras de uma edição do programa "Chopped", onde quatro chefes mostram, em apenas uma hora, aquilo que valem na cozinha.
Levou para casa 10 mil dólares (7 mil euros) e a confirmação de que é uma das melhores chefes de Nova Iorque.
Mas comecemos pelo início. Luísa Fernandes era enfermeira do serviço de ortopedia do hospital Amadora-Sintra, uma profissão que exerceu por todo o mundo, durante mais de 20 anos, com uma paixão e coragem da qual se orgulha: "Fui enfermeira pára-quedista, estive em várias guerras, no Ruanda, no Sudão, na Jugoslávia, sempre em serviço. Sou muito aventureira."
Foi por isso que fazer as malas e rumar a Nova Iorque, sem olhar para trás, não a assustou nem um bocadinho. Contou os anos de serviço como enfermeira, juntou-lhe as temporadas nas guerras, fez as contas e aproveitou o que a lei lhe ofereceu: a pré-reforma ao fim de 30 anos de serviço. Os dois filhos estavam criados e era altura de ir atrás do sonho. "Pensei assim, se conseguir arranjar trabalho num restaurante, fico, se não, fico três semanas de férias e vou embora. Ao fim de seis dias estava a trabalhar no restaurante português Alfama."
A cozinha
Luísa não era uma cozinheira ocasional que de repente decidiu fazer disso profissão. Em Portugal, foi dona de um restaurante em Lisboa durante oito anos. Chamava-se Tachos de São Bento, "por ser próximo da Assembleia da República", explica a chefe a rir, pelo telefone. "Durante o dia era enfermeira, e à noite cozinhava."
Em Nova Iorque já passou por vários restaurantes e ao fim de algum tempo trocou o Alfama pelo Galitos e o Galitos pelo Georgia's Bistrot. Hoje é chefe na Churrasqueira Bairrada, mais um restaurante português, em Jericho, Mineola, na cidade de Nova Iorque. O patrão, Manuel Carvalho, fez questão de pendurar o certificado de vencedora do "Chopped" na parede da sala de refeições, para que toda a gente saiba do talento desta chefe portuguesa. Pelo caminho foi aprendendo tudo o que conseguia: "Fiz vários workshops, leio muitos livros, e aqui aprendi a preparar comida italiana, francesa, new american que é quase como a francesa e jamaicana. Tenho crescido muito em termos profissionais."
Brandon Kai, chefe do restaurante Asiate, do Hotel Mandarin, disse à RTP, no programa "30 minutos", que Luísa "cozinha com paixão e amor, e isso sente-se no que se come". Já Paul Karmichael, outro cozinheiro da nova geração de chefes nova-iorquinos, diz que a portuguesa é "a cozinheira mais amorosa e encantadora com quem alguma vez trabalhou".
Até o actor Johnny Depp fez questão de a conhecer: "Fiz o catering para a antestreia do filme 'Charlie e a fábrica de Chocolate' e eles gostaram muito do meu menu. No final o Johnny Depp foi à cozinha ter comigo para saber como é que uma portuguesa tinha vindo para cá sozinha, porque alguém lhe tinha contado a minha história. Foi muito simpático, é um homem muito simples."
"O melhor, ou não me chamo Luísa"
A entrada no programa "Chopped", da Food Network, um canal especializado em cozinha, aconteceu por acaso: "No restaurante onde trabalhava, tinha feito um menu de brunch com 35 pratos diferentes. Um dia, um cliente habitual veio falar comigo com um formulário para o programa, dizendo que nunca tinha visto um menu de brunch daqueles." Apesar dos avisos da dificuldade de selecção e de todos os castings pelos quais teria de passar, Luísa não se deixou intimidar e concorreu.
O maior problema era o inglês "que não era assim muito bom", mas no meio de várias traduções à letra - imagem de marca da chefe - a mensagem acaba por passar e toda a gente acha graça. Depois de uma entrevista em frente a duas câmaras e uma maratona de sete pratos diferentes, Luísa qualificou-se para as 15 finalistas, entre 2007 chefes femininas.
O programa foi gravado a 13 de Maio, e convicções religiosas à parte, a data deu sorte a Luísa. Durante 12 horas a chefe portuguesa aguentou estoicamente a pressão de um programa de televisão, com todos os truques e tentativas de desconcentração da produção: "É tipo 'Big Brother', provocam-nos, depois fazem entrevistas, só o tempo de competição, em que cozinhamos, é que nunca pára."
Eram quatro chefes a competir, dois homens e duas mulheres. Um deles, segundo Luísa, "um rapazinho novo completamente maluco" que não parava de lhe chamar mamã e que competiu com ela no prato final (sobremesa); uma chefe de comida vegetariana e holística com dificuldade em preparar carne e a primeira a ser "chopped" (eliminada) e um chefe fanfarrão de ascendência italiana, o segundo a ser desqualificado.
E no meio de todo o stresse, com meia hora para preparar cada um dos três pratos, a cozinheira de 55 anos, era a única que não corria desenfreada de um lado para o outro. "Estava convencida de que ia ganhar porque tenho muita confiança em mim e sei que o meu tempero é muito bom. Sou muito calma na cozinha, a minha cabeça pensa em segundos, decido em segundos e mantenho a minha decisão até ao fim sem medo. Quando fizemos o primeiro prato pensei: 'Só não ganho se não quiser.'"
A competição consistia em tirar de um cesto vários ingredientes-surpresa e transformá-los num prato, avaliado pelo júri, sempre presente, pelo sabor, confecção e apresentação.
No final, e já certa da vitória, disse ao júri: "Hoje fiquei com uma certeza, a idade é só um número."
O programa foi para ar em Novembro, assistido com pompa e circunstância no restaurante Churrasqueira da Bairrada, pelos amigos e familiares de Luísa, que fizeram questão de estar presentes. Depois de vários meses a manter segredo acerca da sua vitória - uma imposição do canal - a chefe teve finalmente direito à festa que merecia.
O futuro
Apesar de em Nova Iorque se sentir em casa e de ser "muito, muito feliz", o futuro não passa por ficar nos Estados Unidos "o resto da vida". "Ainda estou apaixonada pela cidade, mas quando já não estiver, quando for mais velha, pretendo voltar para Portugal e abrir um restaurante."
Aqui transcrevo um acontecimento ocorrido em Itália, com a intenção de que toda esta verdade se pode aplicar a Portugal .
No último dia 12 de março a Itália festejava os 150 anos de sua criação, ocasião em que a Ópera de Roma apresentou a ópera Nabuco de Verdi, símbolo da unificação do país, que invocava a escravidão dos Judeus na Babilônia, uma obra não só musical mas também, política à época em que a Itália estava sujeita ao império dos Habsburgos (1840).
Sylvio Berlusconi assistia, pessoalmente, à apresentação, que era dirigida pelo maestro Ricardo Mutti. Antes da apresentação o prefeito de Roma, Gianni Alemanno - ex-ministro do governo Berlusconi, discursou, protestando contra os cortes nas verbas da cultura, o que contribuiu para politizar o evento.
Como Mutti declararia ao TIME, houve, já de início, uma incomum ovação, clima que se transformou numa verdadeira "noite de revolução" quando sentiu uma atmosfera de tensão ao se iniciar os acordes do coral "Va pensiero" o famoso hino contra a dominação. Há situações que não se pode descrever, mas apenas sentir; o silêncio absoluto do público, na expectativa do hino; clima que setransforma em fervor aos primeiros acordes do mesmo. A reação visceral do público quando o côro entoa - "Ó minha pátria, tão bela e perdida Ao terminar o hino os aplausos da plateia interrompem a ópera e o público se manifesta com gritos de "bis", "viva Itália", "viva Verdi".
Não sendo usual dar bis durante uma ópera, e embora Mutti já o tenha feito uma vez em 1986, no teatro La Scala de Milão, o maestro hesitou pois, como ele depois disse: "não cabia um simples bis; havia de ter um propósito particular".
Dado que o público já havia revelado seu sentimento patriótico fez com que o maestro se voltasse no púlpito e encarasse o público, e com ele o próprio Berlusconi.
Fazendo-se silêncio, pronunciou-se da seguinte forma, e reagindo a um grito de "longa vida à Itália" disse RICCARDO MUTTI:
"Sim, longa vida à Itália mas... [aplausos]. Já não tenho 30 anos e já vivi a minha vida, mas como um italiano que percorreu o mundo, tenho vergonha do que se passa no meu país. Portanto aquiesço ao vosso pedido de bis para o Va Pensiero. Isto não se deve apenas à alegria patriótica que senti em todos, mas porque nesta noite, enquanto eu dirigia o côro que cantava "Ó meu pais, belo e perdido", eu pensava que a continuarmos assim mataremos a cultura sobre a qual assenta a história da Itália. Neste caso, nós, nossa pátria, será verdadeiramente "bela e perdida". [aplausos retumbantes, inclusive dos artistas da peça] Reina aqui um "clima italiano"; eu, Mutti, me calei por longos anos.
Gostaria agora...nós deveriamos dar sentido a este canto; como estamos em nossa casa, o teatro da capital, e com um côro que cantou magnificamente e que é magnificamente acompanhado, se for de vosso agrado, proponho que todos se juntem a nós para cantarmos juntos."
Foi assim que Mutti convidou o público a cantar o Côro dos Escravos.
Toda a ópera de Roma se levantou... O coral também se levantou. Vê-se, também, o pranto dos artistas.
Foi um momento magnífico na ópera! Um momento intenso e de grande emoção para os apaixonados pela liberdade!
E a emoção, quanto a nós e no que a Portugal diz respeito, não seria só pela paixão da liberdade. Seria sim pelo direito a essa liberdade em solidariedade e respeito mútuo.
Olá! Tenho estado um pouco ausente do blogue mas tenho visitado os vossos sempre que tenho um tempinho.
Hoje vim aqui e resolvi oferecer-vos esta interpretação da Carminho. E tudo porque aprecio a nova geração de fadistas que tão bem tem conseguido a continuidade dos grandes nomes do passado.
Digo isto porque a Carminho, mais propriamente de seu nome Carmo Rebelo de Andrade, nasceu de uma mãe, também ela famosa - Teresa Siqueira - e tem alcançado a fama que a sua voz tão bem merece.
É irmã do também cantor Francisco Rebelo de Andrade.
Espero que gostem e para os que estão em férias, continuação de boas férias, para todos, o importante é, qualquer que seja o caso, muita saúde, paz e amor.
Fui hoje com o meu neto ao cinema e deixo aqui um pouco daquilo que considerei uma maravilha de imaginação e mensagem. Acho que os realizadores estão de Parabéns.
De Parabéns estão também os portugueses que deram as suas vozes às dobragens.
"Os humanos estão a acabar com o planeta e os animas tudo fazem para reivindicar os seus direitos, essencialmente no que respeita ao direito à água como fonte de vida."
O que se vê aqui não consegue reproduzir a sensação da imagem a 3D .
No entanto, devo dizer-lhes que há já algum tempo que não via desenhos animados que passassem a intenção de mobilizar atitudes positivas para o planeta e simultaneamente que dessem a ideia dos direitos sem as habituais mensagens de guerra e luta.
Quem gostar e puder, vá ver, mas a 3D, para poder entrar no filme.