quarta-feira, 26 de agosto de 2015

A natureza e uma estória real


Olá a todos! Espero que o calor do sol, mesmo mais para o morninho, vos vá aquecendo a alma.

Hoje resolvi contar-vos um dos meus últimos serões porque achei que valia a pena, esperando que achem tão curioso como eu achei.

Lembram-se que vos mostrei no passado dia 6 de Julho a minha hóspede/rola que todas as noites nos fazia companhia do alto da minha palmeira moribunda?

Pois afinal a estória tem mais capítulos.

Ao fim de alguns dias ela desapareceu e eu pensei que não voltaria porque não ficou cá por umas duas ou três noites.

Qual não foi a minha surpresa quando uma noite ao olhar para cima para ver se ela lá estava deparei com ela e mais dois filhotes - penso que eles teriam nascido por aqui porque, embora a custo, consigo descortinar o ninho um pouco mais acima - que se aninhavam junto a ela e que por cá ficaram por mais um tempo.

Coloquei um baldinho, que inventei feito de um copo de plástico, com arroz mas não vinham comer  talvez por medo e também porque viam a Riscas nos seus passeios e que ficava sentada de pescoço esticado a olhar para cima.

Digam lá se não são umas queridinhas

 
 
E aqui terminaria a estória no segundo capítulo.


Mas o imprevisto viria a acontecer.

No passado domingo a tarde por aqui caiu chuvosa continuando pela noite dentro e cada vez mais forte.

A dado momento eu começo a ver a Riscas muito nervosa, o que não é costume, a menos que haja qualquer coisa de anormal.

Sem saber o que se passava, abri a porta da rua e saí para averiguar.

Num segundo vejo a Riscas dar um pulo e senti que tinha qualquer coisa debaixo dela. Dei um grito e apercebi-me que era uma das rolinhas bébé que tinha caído cá abaixo; possivelmente escorregou porque os ramos estavam encharcados e como era de noite não tinha tino para voltar a subir.

Não imaginam o que senti, corri a agarrá-la, aconcheguei-a a mim, enxuguei-a e fiz-lhe muitas festas até que ela acalmou. O meu neto descobriu que ela estava um pouco aranhada junto a uma asa e eu apressei-me a lavá-la com soro e novamente a apertá-la devagarinho e a aquecê-la.

E agora, dizia eu, o que vou fazer?  Não vou deixá-la aqui porque pode acontecer-lhe alguma coisa - a Riscas já estava trancada em casa, mas também não podia fazer-lhe mais nada porque o instinto é mesmo assim - e trazê-la para dentro de casa podia assustá-la ainda mais.

Pois de repente houve uma sugestão brilhante: a Riscas tem uma caixa de transporte de plástico, que tem aberturas nos quatro lados como todas e por cima tem teto fechado e a porta por onde ela entra e sai pode ser retirada e ficar completamente aberta.

Boa! Trouxe a caixa para a rua, coloquei-a na mesa que tenho à frente da entrada, lá dentro uma mantinha para a rolinha aquecer e lá a meti lá dentro. Ficou muito quieta ma já não tremia. Entretanto a mãe vigiava do cimo do ramo.

Vim para dentro convencida que quando amanhecesse ela sairia e lá seguiria a sua jornada habitual.

Claro que quando me fui deitar, já bem mais para o tarde, não deixei de ir lá fora para ver como ela estava.

Pois é, surpresa! ... já não estava e a mãe também já não estava no ramo.

Até hoje não voltaram, mas esta tarde, depois do almoço vi-a - penso que seja ela e não a irmã - pousada num fio de eletricidade que passa entre a minha casa e a do vizinho.

Fiquei contente por estar tudo bem e por ter contribuído para a continuação desta família de visitantes.

E agora digam lá se não foi uma peripécia vivida numa noite de verão, que por acaso tinha virado inverno?

Tudo de bom para todos, bom descanso se ainda for o caso, muita saúde, amor e felicidade.


domingo, 16 de agosto de 2015

Olá!


Parece mentira como é que já passou um mês desde a última conversa que tive com vocês.

Cá tenho andado no meu heaven. Por vezes não é bem heaven face às tarefas que me cabem em sorte. Mas deixemos isso para lá até porque hoje os afazeres não foram muitos e o tempo também nos ajudou à moleza.

Há dois dias quando caiu a noite e fui lá fora ver se as luzes do portão estavam acesas, deparei-me com este arco luminoso mesmo pertinho da minha porta que dava a informação que tinham começado as festas de Santa Maria do Magoito.

Achei muito engraçado e resolvi mostrar-vos mais um sinal das festas de aldeia que contam sempre com os habituais comes e bebes, a farturinha da praxe, as rifas às quais acho um piadão e aquele palco musical que convida ao abanar do capacete.

Ora confirmem para ver se eu não sou importante para me porem um arco destes à porta

 
 
Mudando de assunto, hoje durante o dia também revivi a minha viagem aos Açores em 1996. Tantos anos que já lá vão mas não esqueço o prazer de visitar cinco das nove ilhas daquele arquipélago fascinante.
 
Apaixonei-me de tal modo pelas conteiras que cedi à tentação de puxar dois pés da Lagoa das Furnas, que mantive bem cuidados durante o tempo que ainda lá estive e até na viagem de regresso a Lisboa.
 
Lembro-me de a rececionista do Hotel me dizer: "A senhora não sabe no que se vai meter, isso é uma praga que não pára de se reproduzir". Mas eu achei-as tão apelativas que não me importei, e plantei--as aqui quando cheguei.
 
Não fazem ideia do que foi a produção dos anos que se seguiram. O meu marido só dizia - no que te foste meter. E agora?  Estavam a tomar conta de tudo e mal se conseguia cortar a relva nos sítios encostados ao muro que nos separa do vizinho.
 
A única maneira foi tentar tirá-las de onde não dava qualquer jeito, mas para nunca perder o contacto com esta maravilha (para mim) e as próprias ilhas plantei uns pés num vaso muito grande, para poder olhá-las sempre que me apetecer.
 
E assim aqui está! E digam lá se não é uma engenharia da natureza?
 
 
 
 
Eu hoje fico-me por aqui, desejo que fiquem bem, saúde e paz para todos e comecem mais esta semana o melhor possível.