quinta-feira, 17 de setembro de 2009

POESIA

Ontem foi "evening" de Poesia na Casa de Fernando Pessoa em Campo de Ourique.

Tive imensa pena de não poder ir assistir, mas não deu mesmo.

Para me vingar fica aqui mais um dos poemas que compilei em 2001 e que concorreu ao Prémio Cesário Verde da Câmara Municipal de Oeiras e que foi por mim dedicado à grande e saudosa Natália Correia:

Sentir a ingratidão

Natália morreu
Vi hoje o seu espólio.
Dezenas de telas, carvão, aguarelas,
Pinturas a óleo.
O meu coração hoje tão partido,
Revê na pintura meus ais e lamentos
Vida sem sentido.
Sem sentido?
Às vezes...
Porque Deus é grande
Sabe a quem pertenço
A dedicação e a devoção
Que a Ele eu dispenso.

Faça-se a vontade.
Mas que seja a Sua.
O que eu merecer, venha de onde fôr
E de quem vier.
Já estou por tudo.
Somo a ilusão às desilusões
E então de alguns...
Sinto que estou nua.

3 comentários:

  1. Pois já se sabe que onde está uma pessoa está o perigo.
    Rápida recuperação!

    Tenho tido problemas técnicos na colocação de comentários.
    Vou agora tentar de outra forma a ver se sai.
    Oxalá!

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  2. Saiu!Saiu!Saiu!

    Anónimo é mais hábil!

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  3. Sonhei o impensável,
    pensei o impossível,
    sonhei que havia um rio
    e outra margem,
    alcançável com um salto sonhado,
    longo e duradouro
    mas inacabado.

    Há diferença entre sonho e realidade?
    Não há.
    Desde que não me acordem.

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