quinta-feira, 6 de abril de 2017

Uma estória cá minha...


Desde pequenina e ao longo da minha vida lembro-me dos meus pais e avós chamarem com algum carinho a alguém a "senhora dos gatos" e isto porque sempre existia alguém que com desvelo e amor tratava de gatos que não só os seus e que preenchiam algum vazio da sua existência.

Tive uma luta na minha infância para ter um cão ou um gato, companhia que  sempre me foi negada pelos meus pais, mais pela minha mãe porque era quem estava em casa, dizendo que num apartamento não era possível a sua presença.

E os anos foram passando e habituei-me à ideia e mesmo depois de casada, de ter a minha casa e de ter o meu filho essa ideia perpetuou-se.

Já vos contei aqui do aparecimento da minha Riscas em Magoito e da minha indecisão de como seria ficar com ela.

Acresce que o seu aparecimento deu-se após a minha retirada um pouco compulsiva das minhas lides profissionais e tudo se conjugou para que a piquena se instalasse.

Foi sempre muito cooperante, amorosa, xixis e afins no sítio certo, umas riscadelas mas nada de mais.

Muitas vezes me pergunto o porquê da sua chegada num momento um pouco difícil da minha vida e o modo como ela foi e é importante para mim em termos de companhia e afetos.

Claro que é tratada que nem princesa e foi também a sorte dela uma vez que me contaram que tinha sido abandonada  na rua num sítio onde os cães lhe faziam a vida negra.

Hoje deixo-vos uma foto atualizada da Dona Riscas que continua no seu cantinho privativo, de onde vê o mar, as gaivotas, as rolas que nos quintais apanham o arroz que um vizinho lhes atira e até um gato amarelinho que vive no andar de baixo e que faz com ela uma conversa fiada quando se olham pela manhã.

Digam lá se não é caso para a apertar e aconchegar quando lhe pego ao colo.


Bom início de fim de semana e descansem tudo o que puderem porque esta vida anda um bocado rabiosa.


2 comentários:

  1. Que grande vida, sim senhora Riscas!
    Regale-se.
    Quem me dera ser gato.

    gdsbjsmtstambemparaariscas

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  2. Se queria ser gato para eu o tratar assim não precisa, porque eu ofereço-me para lhe proporcionar uma certa vida regalada. O problema é que tem de vir cá para casa porque à distância não é possível.
    Bjs para si. A Riscas também retribuiu com um ronron mais prolongado.

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