terça-feira, 24 de maio de 2016

"APOIAR", ajudando...




Hoje fui assistir a este colóquio na APOIAR que, tal como o seu nome indica, tem, e bem, apoiado aqueles que regressaram há tantos anos da guerra colonial (Angola, Moçambique, Guiné) e não se conseguiram ver livres desse fantasma que lhes ensombra os dias e especialmente as noites.

Além de profissionais de saúde (medicina geral, psiquiatria, psicologia), de elementos do ministério da defesa nacional, do jornalista João Paulo Guerra, que publicou em Março deste ano um livro intitulado "Corações Irritáveis" que aborda ficcionalmente esta problemática

"O jornalista João Paulo Guerra lança hoje em Lisboa um romance sobre as sequelas da Guerra Colonial, "Corações Irritáveis", nome como foi identificada pela primeira vez a Perturbação Pós-Stresse traumático de guerra"  (in SAPO 24 - Março/2016),

contámos com a presença e depoimentos de algumas pessoas - mulheres, filhos e até alguns ex-combatentes, que nos relataram o que é a vivência na família e na sociedade das pessoas que sofrem desta doença.

Sim, porque já foi considerada uma doença que infelizmente não se limita apenas aos sobreviventes regressados, como também a todos os familiares que com eles têm privado durante estes longos anos.

Embora pessoalmente também me tenha tocado de um modo mais leve, não deixei de me emocionar com alguns relatos que marcam profundamente quem os ouve.

E depois de ver e ouvir tudo isto tive uma vontade imensa de ajudar, mas de momento não posso dedicar-me a qualquer tipo de voluntariado porque não tenho tempo livre que o permita, mas tomei como compromisso divulgar a ação exercida nesta associação que eventualmente poderá ajudar quem dela precise e não tenha os meios económicos necessários para poder recorrer à assistência privada.

Esta assistência, segundo alguns dos presentes, tem sido prestada ao longo de uma ou duas décadas e não foi dada como terminada porque o seguimento tem de ser contínuo e dificilmente nas idades dos afetados, homens nos sessenta e muitos, setenta e alguns, se atinje um cura efetiva.

Pode eventualmente existir um amigo, um conhecido, um familiar que necessite de apoio nesta área e por isso acima fica a cópia do anúncio onde podem ser encontrados os contactos.

Nunca sabemos quem nos ouve ou lê e não é demais que se divulguem formas de ajuda em qualquer área que sejam necessárias.

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