sábado, 18 de fevereiro de 2017

Hoje pensei na "VELHICE" ou antes nos "ANOSOS"






A vida corre e vai deixando o nosso rasto para as gerações vindouras, mas ao mesmo tempo damos conta do tempo que passa quando ao invés de pensarmos que MAIS um dia  passou, pensamos que já temos MENOS um dia na nossa reta final.

Vocês vão perguntar o porquê desta realidade Lapalissiana mas eu digo-vos que já dei por mim a pensar nela.

Não há dúvida que à medida que nos apercebemos de algumas realidades e concretamente refiro-me a casos que têm chegado nos últimos tempos ao meu conhecimento, mesmo que tentemos afastar este tipo de pensamentos, somos levados a cair nelas.

Desde amigas que lutaram com doenças graves e algumas acabaram por falecer, a familiares de familiares que morreram durante o sono sem que nada o fizesse prever, tudo tem chegado para empolar estas ideias.

Sou há muitos anos sócia da organização AMARA - Associação pela Dignidade na Vida e na Morte

"A AMARA propõe-se fazer um acompanhamento psico-existencial de pessoas com doença crónica, avançada e progressiva e suas famílias, no domicílio, hospitais, e outras instituições. Preparar voluntários e profissionais de saúde para esse fim. Contribuir para que a doença, o envelhecimento e a morte sejam encarados como parte do processo natural que é a vida."

E por verdadeira escassez de tempo face ao meu presente não tenho conseguido colaborar como gostaria e por isso contribuo apenas para que possam com mais um e com mais outro associado tentar chegar aonde se propõem em solidariedade. Ao mesmo tempo aprende-se muito com o que nos passam sobre verdadeiras realidades.

E tudo isto para vos dizer que  devemos tentar viver cada dia como se fosse o último ou a véspera do último, não deixando que alguns sentimentos nos impeçam de tentar ser sempre um pouco mais felizes.

Eu por mim bem tento, mas às vezes é muito difícil - bem prega Frei Tomás...




2 comentários:

  1. Só ultimamente esse problema me tomou de assalto, Tété.
    Procuro não pensar muito nisso mas tenho tanto para fazer
    ( que queria e quero fazer ) .
    Não é medo da morte, propriamente dito. É o tomar da consciência que certamente não irei fazer tudo que ainda desejava.
    Cada dia vivido é menos um para viver...

    Um beijo por esse teu rasto de hoje.

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  2. Mais um beijo para si João pois é sinal que vamos andando por cá.

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