Não escolhe classe social, raça ou credo.
Nós nascemos, vivemos - uns mais que outros - e morremos.
E sempre que temos o privilégio de viver o suficiente para nos recordarmos da nossa infância, da adolescência, da fase adulta e de começamos a envelhecer e a pensar que entramos na fase sénior
(digo sénior porque soa melhor que 3ª idade), já não podemos reclamar porque deixámos para trás uma vida cheia.
Nem sempre as coisas nos correram ou correm de feição, mas devemos encarar a vida como uma aprendizagem constante e das suas experiências tentar aprender mais e mais, tentando não repetir aquilo que nos fez menos bem.
Mas também acho que tudo o que dissermos não deve ser considerado exemplo, porque o que para uns dá certo, para outros, nem por isso. E até porque quase sempre temos tendência a repetir alguns dos erros que jurámos em devido tempo que não repetiríamos.
Este mês de Maio que costumava ser um mês de alegria e festa e que se completou quando nasceu o meu neto em 2004, tem vindo a perder-se no avançar do calendário.
Ou porque as coisas mudaram, dando voltas completas que não terão regressão (separações, desaparecimentos), ou porque, imaginem, estou a sentir a triste realidade do que vai ser, dentro de poucos dias, entrar por inteiro naquela fase de onde o futuro se torna cada vez mais incerto e onde nunca sabemos quando vai ser o nosso último aniversário, as últimas férias grandes, o último Natal...
Se calhar não estou muito bem por ter vivenciado ultimamente mais do que seria desejável, mas ir fazer 65 anos, pesa, ai se pesa.
Por norma costumo ser positiva, ter força e ultrapassar os traumas com alguma alegria e sentido prático, mas por vezes, quando se juntam muitas coisas ao mesmo tempo, o suporte verga e torna-se difícil suportar a carga.
Só espero tentar e conseguir que nesta quarta parte da vida vá seguindo mais ou menos direitinha e que como a saudosa Palmira Bastos possa dizer "as árvores morrem de pé ".
E já agora deixo-vos com "Saudades" da Clarice Lispector que tão bem ilustram o que acabei de vos contar:
Hei! Que é isso?
ResponderEliminarA menina está uma jovem! Deixe-se de olhar assim para o futuro.
Continue optimista, o mais possível.
Vá lá!
gdsbjsmtssssssssssssssss
Às vezes a luta contra o pessimismo cansa mesmo.
ResponderEliminarE há momentos em que por força de várias circunstâncias que se entrelaçam sem querermos, não se sabe mesmo onde ir buscar a tão necessária forcinha.
Obrigada pelo seu apoio virtual.
Muitos beijos também para si.