terça-feira, 17 de junho de 2014

Os tempos mudam, os netos crescem...



Então querem saber uma novidade?

Pois vou contar-vos:

No próximo domingo, está assente, o meu neto vai para Inglaterra.
É a viagem de finalistas do 4º ano organizada pelo Colégio onde anda.
E porque tem sido um bom estudante e vai mudar no próximo ano para outra Escola, os pais decidiram que seria uma boa despedida proporcionar-lhe esta experiência, até porque é a sua primeira viagem de avião.

O pai, o meu filho, estreou-se aos 9 anos quando fomos à Madeira e ele vai estrear-se um pouquinho mais longe e aos 10 anos.




Os tempos mudam e eu lembro-me  que quando foi o final da minha "4ª classe", a escolinha onde andava organizou uma excursão ao pinhal de Leiria (um nadinha mais perto); lembro-me vagamente que estaria em causa a sua plantação e compreender melhor o reinado de D. Dinis, mas os meus pais, especialmente a minha mãe, sempre com o medo de perder a filha de vista, ou até mesmo que lha roubassem, resolveu colocar todos os entraves, e claro, NÃO FUI!

Não fui no final da primária, não fui no final da secundária, não fui NUNCA!

Como eu era "mansinha", embora com tristeza, lá ia acatando as razões que me apresentavam mas sabe Deus o que não ia cá por dentro.

As crianças necessitam de conviver, de se relacionar, para mais tarde o fazerem ao longo da sua vida.
Talvez por isso, assim que me apanhei de "minha conta" e já casada, esperei quatro anos para ter o meu filho para poder dar largas à imaginação e pular o pezinho. Saliente-se que me casei com 18 anos e o meu marido tinha 25. Naquele tempo considerava-se que tendo a vida organizada - entenda-se curso médio (neste caso), emprego, noivo despachado da guerra colonial e dependência financeira própria - não havia necessidade de esperar mais.

E lá está, como o principal era casar por amor, estava tudo de feição para avançarmos.

Aliado a tudo isto, estava o facto de eu me querer libertar das algemas e dar o já dito pulo. Eu sei que era outro século, mas digam lá se para ir ao cinema eu tinha de ir acompanhada com alguém - o chamado pau de cabeleira?

Hoje, por me rever no meu neto, acho uma maravilha poderem espairecer sem correntes. Todos sabemos que convém tudo com conta e medida porque se também largarmos muito a corda, não sabemos como irão correr as coisas.

O que importa é que eles saibam sempre usufruir da liberdade no bom sentido e para isso devemos fazer-lhes ver o bem e o mal para poderem saber escolher.

Infelizmente estas regras nem sempre são bem sucedidas, mas isso já não será certamente por nossa culpa.

Já divaguei um bocadinho e já agora digo-vos que também gostava de ir porque mesmo que me mantivesse à distância iria apreciar Eastbourne que me parece lindo pelas imagens.






e mais ainda, como será a sua estada no Colégio que mais parece tirado de um dos filmes do Harry Potter?


 
 
 
Entretanto, dar-vos-ei notícias e espero contar-vos o seu regresso às terras Lusas.
 
E já agora que tenha feito uns trabalhos mais perfeitinhos que os jogadores da nossa Seleção.
 
Continuação de boa semana.
 



2 comentários:

  1. Tudo muda e muitas vezes para melhor.
    Eu também só saí para ir até Lisboa aos 10 anos e depois, para o mesmo sítio, só aos 19! Mas desta, foi de vez.

    Umas boas férias para todo o grupo e em especial para o MiKoKas!

    gdsbjsmts!

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  2. Nunca se sabe o que é melhor. Vai-se fazendo conforme nos dita a consciência.
    Foi bom vir para cá para mais tarde poder viver o que não viveria se não tivesse vindo.
    Muito obrigada pelas palavras e tudo de bom para si.
    Igualmente gdsbjsmts

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