A natureza e a vida no campo são realmente absorventes quando conseguimos dar conta das evoluções porque passam as plantas, os animais, os insetos, etc...
Desta vez calhou quando se tratava de tirar ervas, cavar e arranjar um sítio de árvores de fruto que com a ausência prolongada que fizemos mais parecia um matagal.
Então num dos ramos entroncados mais rasteiros (os passarinhos julgavam que a selva era ali) encontrámos um ninho com três passarinhos ainda sem penas, muito juntinhos e que mal abriam os olhos.
Deixámo-los no seu sítio com o máximo cuidado para não se assustarem porque dava ideia que quando nos pressentiam elevavam as cabecitas minúsculas e abriam a boca julgando que era a mãe que lhes trazia comida.
Passámos dois fins de semana um pouco preocupados porque a minha Riscas é uma caçadora de alto gabarito e tudo o que mexe chama-lhe a atenção e várias vezes me presenteia com moscas, borboletas, lagartixas e da ultima ofereceu-nos uma amorosa toupeirinha bébé.
Para quem tiver medo de bichos este campo é do melhor.
Então cá os deixámos na primeira semana com o ar que transcrevo para que a mãe os pudesse continuar a cuidar no sossego.
No fim de semana seguinte foi a primeira coisa que fomos ver e com a mesma preocupação para a minha gata não dar por eles e por isso afastámo-la do sítio onde poderia fazer estrago.
Mas deparámo-nos só com dois. Realmente havia um deles que quase não se mexia. A natureza é soberba. A mãe tinha-o retirado e deixado o espaço mais livre para os outros dois que entretanto estavam como podem ver.
Digam lá se não eram uns amores, crescidinhos que mal cabiam no ninho
Esta semana, mais uma vez, a primeira coisa que fizemos foi inspecionar o local.
O ninho estava vazio, já tinham ido à sua vida.
Ainda bem que tudo correu normalmente e agora a Riscas já pode correr por todo o lado como ela gosta.