segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Dever de sonhar



Hoje enviaram-me esta verdade de Fernando Pessoa.

Todos temos o "dever" de sonhar. Mas dever é coisa de obrigação. Não pressupõe que deixemos fluir a nossa livre vontade.
E sonhar dá-nos a hipótese de criar um mundo que se adapte àquilo que desejaríamos que fosse a nossa vida, o nosso percurso. É evidente que falo do sonhar acordado. Sim, porque o sonho do sono é involuntário e depende da arrumação das gavetas e prateleiras da mente.

Então quando sonhamos acordados construimos uma estrada de acontecimentos na razão directamente proporcional ao nosso desejo.

O pior é quando damos conta que mesmo acordados tínhamos afinal adormecido para a realidade da vida que com os seus contornos obrigatórios nos leva na sua maré impedindo-nos muitas vezes de conseguir ultrapassar as vagas que nos surgem na travessia do oceano da vida.

Já deram conta que hoje estou a filosofar, não é? E sabem porquê? Porque  penso como teria sido a travessia do meu oceano se tivesse tido a oportunidade de seguir num outro sonho.
Bom, começam a ser horas para sonhar adormecida.
Até mais ver.


6 comentários:

  1. Suponho que não foi Fernando Pessoa quem escreveu o que transcreveu.
    Não tenho a certeza. Aliás não tenho a certeza de nada.
    Mas sei que anda muita citação de Pessoa pela Internet (e não só)que realmente não é dele.
    M de beijos

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  2. Mas, independentemente da autoria, o que importa é a reflexão, ou a filosofia...
    E ela conduz aquilo que anteontem comentei: somos as nossas circunstâncias.

    Não há dada a fazer?
    Há, claro que há, dentro dos limites que essas circunstâncias nos traçam.

    M de beijos

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  3. Tenho que reconhecer que me enganei. A citação (que, no entanto, ainda não confirmei) parece ser de "O livro do Desassossego" de Bernardo Soares, um do heterónimos de Fernando Pessoa.

    M de beijos

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  4. Nunca é demais questionar as coisas que lemos e ouvimos. Já agora gostava que confirmasse. Mas achei que podia ser uma passagem da poesia "ortónima" de Fernando Pessoa.
    Bjos muitos

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  5. Sem poder esperar confirmei por si que a citação pertence a "O Livro do Desassossego" - Trecho 221.
    Como eu digo é bom questionarmo-nos para chegarmos a uma conclusão
    Bjos

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  6. Mas eu já reconheci que me enganei...
    Eu já reconheci que o texto é (admito) do "Livro do Desassossego"
    Aliás, não sosseguei enquanto não escrevi isso mesmo.

    M de beijos

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