quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

Neste Dia Internacional da Mulher e não podendo dissociar a mulher de qualquer dos papeis que representa na sociedade, não nos esqueçamos de todas aquelas que em todo o mundo sofrem a violência da imposição de casamentos forçados, mutilação genital, maus tratos e ainda a escravatura imposta apenas porque nasceu mulher.

Dos países Árabes a África, América do Sul, não esquecendo o nosso país, a mulher sofre por vezes agressões a todos os níveis, quando o seu estado denuncia pobreza, com filhos, ausência de formação profissional ou mesmo sem estudos, não possui nada nem tem condições de vender a sua força de trabalho, está muito mais vulnerável a permanecer numa relação onde sofre toda a espécie de violência.

Mas para enaltecer o nome de "mulher" deixo-vos com Miguel Torga.

Primeiro porque sou sua fã. Segundo porque acho que este poema é um hino a todas as mulheres.


Poema Melancólico a não sei que Mulher

Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido.

Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão...


Miguel Torga, in 'Diário VII'


E porque felizmente também há no mundo muitas mulheres amadas, aqui fica aqui para desanuviar o Michael Bolton que nos enche o ouvido na confirmação desse mesmo sentimento.

Tenham um bom dia 8 de Março.





3 comentários:

  1. Também sou fã de Torga.

    Gostei muito da citação.
    Gostei imenso do seu texto.

    gdsbjsmts
    redobrados neste dia especial!

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  2. Obrigada pelo comentário e pela dádiva redobrada.
    Igualmente para si gdsbjsmts , também redobrados.

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  3. Olá Teté,

    Boas escolhas para lembrar que as mulheres ainda são muitas vezes o elo mais fraco. Mas que são também o berço das novas vidas e a fonte de grandes amores e o mundo teria muito menos graça se as mulheres não fossem os seres livres que são.

    Um beijinho, Teresa-Teté.

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