segunda-feira, 19 de março de 2012

Dia do Pai


Hoje assinala-se mais um Dia do Pai.

Como sempre, tenho dito que é impossível esquecer um pai querido que tanto me deu de si para que tivesse uma infância feliz.

As suas brincadeiras, os desenhos que me fazia, as surpresas na altura dos Santos Populares- comprava pequeninos fogos de artifício para eu deitar à noite e me deslumbrar com as suas cores -, as histórias contadas quase de modo teatral, as idas à praia e o ensinar-me a nadar, entre muitas outras, fazem com que não seja possível que algum dia eu deixe de o ter bem presente.

Morrer é só não ser visto, além de ser o livro de Inês de Barros Baptista, é bem o sentimento que tenho quando partem os meus mais queridos; não deixo de pensar em todos aqueles que passaram por mim e me deixaram grandes sentimentos de amor e amizade.


Vou repetir aqui hoje o poema de Março de 2009, que além de ser da minha autoria, é para ser lido por  aqueles que nessa altura ainda não me visitavam e é também uma homenagem que fiz a meu pai.

Espero que O Pai tenha o meu pai perto de si.

A meu Pai

Recordo com saudade a minha meninice
E a emoção da tua companhia.
As histórias contadas, muita paciência
As marchas, os álbuns de cromos que tu me fazias
Com muita vontade e grande alegria.
Lembras-te ? O "Pinóqio"
Quantos os serões e os teus domingos ?
E mais tarde as notas.
A cumplicidade, quando eram mais baixas
P'rá mãe não saber.
Vá lá minha filha,
Toca a trabalhar, porque para a próxima
Espero que não volte a acontecer.
O tempo passou. Cresci, fui mulher.
E dei-te um neto, para te entreter.
Passaram os anos e Deus te chamou.
Partiste bem cedo, mas de ti ficou
Não só a saudade, do pai, do amigo.
Mas a privação de estar contigo.


Tenham um feliz dia.

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