Florbela Espanca
Parque dos Poetas - Oeiras
Se tu viesses ver-me...
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
Perante a grandeza e sentimento dos seus poemas nunca vai ser possível lê-los sem que ao mesmo tempo sintamos a sua alma simultaneamente apaixonada e frustrada.
A melancolia por vezes também faz parte de nós, mesmo sem que a interpretemos de um modo menos positivo.
A Florbela era uma desmedida de amor e sofrimento.
ResponderEliminarO poeta para ser grande tem de sofrer, segundo a canção conhecida.
Com Florbela Espanca foi mesmo muito assim.
Bjsgdsmts
É sempre injusto avaliar o grau de amor e sofrimento de alguém, seja poeta ou não.
ResponderEliminarQuantas Florbelas terão existido e continuarão a existir?
Bjos
Estou de acordo consigo, Teresa!
ResponderEliminarOla,
ResponderEliminarpassei para a saudar, quanto a Florbela, era uma rapariga muito exagerada na minha opiniao. Gosto de alguns poemas mas tenho de me esquecer de quem os escreveu. Quem diz a verdade nao merece castigo, pois nao?
Abracos
Marcolino,
ResponderEliminarObrigada por partilhar a minha opinião.
Mas se assim não fosse, continuaríamos seguindo iguais.
Como digo no blogue, concordar e discordar faz parte da vida.
Abraço
Olá Mar!
Creio que os exageros da Florbela tinham muito a ver com a situação "inaceitável" dos seus sentimentos e por isso mesmo viveu sempre sob grande pressão e dramatismo.
Claro que a Mar não merece qualquer castigo porque as opiniões verdadeiras devem ser sempre respeitadas e aceites.
Abraços também para si.