Numa altura em que todos nós desejámos e nos desejaram Feliz Natal, em que ele já passou e alguns até já deixaram os seus votos para o próximo ano, achei interessante fazer um intervalo da época e deixar-vos este poema escrito no séc. XIX
EU SEI um hino gigantesco e estranho
que na noite da alma anuncia uma aurora,
e estas páginas são desse hino
cadências que o vento dilata nas sombras.
Eu quisera escrevê-lo, do homem
domando o rebelde, mesquinho idioma,
com palavras que ao mesmo tempo fossem
suspiros e risos, matizes e notas.
Mas em vão é lutar, pois não há cifra
para encerrá-lo e só quando, ó formosa,
em minhas mãos eu retivesse as tuas
cantar-to podia ao ouvido, a sós.
GUSTAVO ADOLFO BÉCQER (1836-1870)
in Antologia da Poesia Espanhola das Origens ao Século XIX
(selecção, organização, tradução, posfácio e notas de José Bento)
Para já, bom resto de semana e fim de semana.
Sejam felizes (o mais possível).
O poema de Bécqer , que não conhecia nem de nome ) é muito interessante, TÉTÉ !
ResponderEliminarMas, tive que o ler por duas vezes...
Um beijo e tudo de bom para ti.
Obrigada João. Um beijo também para si
ResponderEliminarMuito bonito e significativo.
ResponderEliminarTive o gosto de ter José Bento como colega há muitos anos. É, provavelmente, o maior conhecedor, em Portugal, da literatura espanhola.
Bom Ano1
Muito melhor do que aquele que nos prometem os Passos e os Seguros.
deste país.
GDSBJSMTSSSSS...
Olá! Calculei que gostasse e ter sido colega de José Bento devia dar uma satisfação ao espírito, sobretudo se ele se dignasse gastar algum do seu tempo em divagações da sua arte. Vê, isto já eu considero arte, entende?
ResponderEliminarBom Ano também para si, para filhos, netos e toda a família, com muita saúde porque ela ajuda-nos a suportar o restante.
GDSBJSMTSSSSS... também para si