Dupla Homenagem
Dia da Mãe, de todas as Mães. Das que cá estão e das que já partiram.
Aqueles que ainda as têm, aproveitem, porque um dia, mesmo sem querer, vão ter de se separar.
São as coisas da vida; muito certas demais para podermos ignorá-las.
Mas a verdade é que acontece a todos. Como a mim me aconteceu há um mês, eu desejo que esta homenagem de Carlos Drummond de Andrade que aqui deixo hoje a todas as mães, mas especialmente à minha, seja um hino de amor eterno porque eu vou considerar que ela estará sempre a meu lado.
Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não se apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade
Feliz Dia da Mãe!
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ResponderEliminarSó uma lágrima imensa.
Teresa...não sabia da sua Mãe...sinto muito, eu que sempre a conheci dedicada e tão carinhosa sei que lhe proporcionou de certo os melhores momentos da vida dela!
ResponderEliminaré bom quando podemos amar e ser amadas só como as mães e as filhas o sabem fazer...
um bjinho grande