Dia do Pai poderá ser todos os dias. E eu não me lembro disto por infelizmente o meu já não estar presente. Acho que o amor e a cumplicidade foram uma constante na minha relação com ele e por isso o recordo com a mesma saudade após 14 anos da sua partida.
Como homenagem segue um poema que fiz em 2001 e que fez parte da compilação do manual com que concorri ao "Prémio Cesário Verde" da Câmara Municipal de Oeiras.
A meu Pai
Recordo com saudade a minha meninice
E a emoção da tua companhia.
As histórias contadas, muita paciência
As marchas, os álbuns de cromos que tu me fazias
Com muita vontade e grande alegria.
Lembras-te ? O "Pinóqio"
Quantos os serões e os teus domingos ?
E mais tarde as notas.
A cumplicidade, quando eram mais baixas
P'rá mãe não saber.
Vá lá minha filha,
Toca a trabalhar, porque para a próxima
Espero que não volte a acontecer.
O tempo passou. Cresci, fui mulher.
E dei-te um neto, para te entreter.
Passaram os anos e Deus te chamou.
Partiste bem cedo, mas de ti ficou
Não só a saudade, do pai, do amigo.
Mas a privação de estar contigo.
Parabéns!E já lá vão 14 anos que, ao acompanhá-lo à última morada,quase petrificada me disse:'não tenho palavras'...Mas só morre quem não é lembrado. A poesia é linda e sentida e eu estou contente por lê-la (à poesia e a si!). Como vê não foi difícil chegar lá(cá)! Continue e, se eu entrar pouco, não ligue porque, como sabe,pelo muito que trabalhei, tornei-me um preguiçoso.
ResponderEliminarFiquei muito feliz por ter "chegado cá".
ResponderEliminarE "só morre quem não é lembrado" é mesmo verdade, porque para mim também não se aplica o "longe da vista, longe do coração". Quando as pessoas gravaram a sua passagem pelas nossas vidas de uma forma positiva(com altos e baixo como toda a gente), não é possível que não lembremos tudo o que nos marcou.
Obrigada pelo carinho que espero sinta recíproco como sempre fiz para que sentisse.
Vamo-nos encontrando...