quarta-feira, 25 de maio de 2016

Então ?!?!?!



 

Eu sei que  vocês gostam de saber estas coisas. Gostam de saber que cada vez mais "velota" aqui vou estando e tanto estarei que qualquer dia deixarei de estar...

Também sei que se não vos lembrar vocês se esquecem, coisa que não vos perdoo, e que estão a dizer para com os vossos botões: mas quem é que ela julga que é para nós nos lembrarmos do dia do aniversário dela?

Pois pensem o que quiserem mas eu gosto que, no dia dos meus anos, me desejem aquelas coisas do costume, porque se não ouvir de vós e dos meus familiares e amigos, penso que não é dia de aniversário.

Assim, aqui fica este lembrete para que procedam em conformidade.

E se não for antes, que no dia 25 de Maio de 2017 eu possa estar aqui a dizer mais umas palermices deste género. É sinal que continuarei por cá.

Até sempre!





PS: Para que saibam, o meu amigo João Menéres foi o primeiro a enviar-me um mail faltava um minuto para a meia noite. E esta, hein?




terça-feira, 24 de maio de 2016

"APOIAR", ajudando...




Hoje fui assistir a este colóquio na APOIAR que, tal como o seu nome indica, tem, e bem, apoiado aqueles que regressaram há tantos anos da guerra colonial (Angola, Moçambique, Guiné) e não se conseguiram ver livres desse fantasma que lhes ensombra os dias e especialmente as noites.

Além de profissionais de saúde (medicina geral, psiquiatria, psicologia), de elementos do ministério da defesa nacional, do jornalista João Paulo Guerra, que publicou em Março deste ano um livro intitulado "Corações Irritáveis" que aborda ficcionalmente esta problemática

"O jornalista João Paulo Guerra lança hoje em Lisboa um romance sobre as sequelas da Guerra Colonial, "Corações Irritáveis", nome como foi identificada pela primeira vez a Perturbação Pós-Stresse traumático de guerra"  (in SAPO 24 - Março/2016),

contámos com a presença e depoimentos de algumas pessoas - mulheres, filhos e até alguns ex-combatentes, que nos relataram o que é a vivência na família e na sociedade das pessoas que sofrem desta doença.

Sim, porque já foi considerada uma doença que infelizmente não se limita apenas aos sobreviventes regressados, como também a todos os familiares que com eles têm privado durante estes longos anos.

Embora pessoalmente também me tenha tocado de um modo mais leve, não deixei de me emocionar com alguns relatos que marcam profundamente quem os ouve.

E depois de ver e ouvir tudo isto tive uma vontade imensa de ajudar, mas de momento não posso dedicar-me a qualquer tipo de voluntariado porque não tenho tempo livre que o permita, mas tomei como compromisso divulgar a ação exercida nesta associação que eventualmente poderá ajudar quem dela precise e não tenha os meios económicos necessários para poder recorrer à assistência privada.

Esta assistência, segundo alguns dos presentes, tem sido prestada ao longo de uma ou duas décadas e não foi dada como terminada porque o seguimento tem de ser contínuo e dificilmente nas idades dos afetados, homens nos sessenta e muitos, setenta e alguns, se atinje um cura efetiva.

Pode eventualmente existir um amigo, um conhecido, um familiar que necessite de apoio nesta área e por isso acima fica a cópia do anúncio onde podem ser encontrados os contactos.

Nunca sabemos quem nos ouve ou lê e não é demais que se divulguem formas de ajuda em qualquer área que sejam necessárias.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Já está! Estará?!?!?!




Neste fim de semana celebrou-se mais uma benção das fitas dos estudantes finalistas de todas as universidades de Lisboa.

Desta vez não fui à cidade universitária porque já conheço o sistema e é realmente um pesadelo estar uma manhã ao sol (por acaso no sábado até estava encoberto) sem conseguir ouvir a missa celebrada pelo cardeal, sem conseguir estar junto do familiar que celebrava mais uma final de mais um percurso para adicionar ao já existente.

Mais fui sim à tarde até à Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa onde continuava a cerimónia, mas só desta faculdade, e estavam a decorrer os festejos dos novos finalistas de medicina.

Foi engraçado e é sempre um motivo de alegria ver que tantos e tantas conseguiram finalizar o caminho de esperanças e anseios.

Vamos ver como é que se vão concretizar as expectativas dessas esperanças e anseios neste país que tão mal tem tratado os nossos jovens médicos, enfermeiros e todos os profissionais que escolheram a saúde como uma meta pessoal e profissional.

Por mim desejo a todos os maiores sucessos e felicidades mas mesmo mesmo e mais especialmente para o meu filho que tanto tem lutado por uma carreira dentro das suas escolhas de sempre.

Felicidades Pedro!



sexta-feira, 13 de maio de 2016

Parabéns!


E o meu "príncipe" já fez 12 anos!

O meu menino/rapaz fez ontem 12 anos e entrou na pré adolescência o que já se começa a notar.

Gosta de música, e dizia-me há dias: Ó vó, sabes que uma coisa que me tira o stress é a música?

Também já começou a querer escolher o estilo de roupa e temos de nos ir habituando porque os anos passam a correr sem que nós demos por eles.

Resta-me pedir tudo o que a vida tiver de melhor para lhe dar e sobretudo muita saúde por muitos anos.

Por mim, posso ficar por cá mais alguns para o ver crescer em todos os sentidos e desejando que sem grandes guerras de gerações que quase sempre nos tiram do sério.

Muitas felicidades Miguel







domingo, 8 de maio de 2016

Mentiras e injustiças, NÃO


Todos ou quase todos vós sabeis que detesto política e ela não foi, não é, nem será a minha praia de eleição. 
 
Como consequência disso não me sinto abalizada a poder discutir algumas situações mas é evidente que me pronuncio sempre que me confronto com injustiças e mentiras.

Mas seja na política ou na vida quotidiana, se há coisas que me deixam em franja é constatar que as pessoas, em circunstâncias de confronto , tudo negam ou afirmam para poder tirar o cavalinho da chuva. 

Tudo o que atrás foi dito vem na sequência desta notícia no Expresso:

  “Durão Barroso diz adeus à vida política. Numa entrevista à SIC e ao Expresso, o ex-presidente da Comissão Europeia anuncia a vontade de não regressar à política e faz um balanço de uma carreira com mais de 30 anos. Sobre uma das decisões mais polémicas, a de promover a Cimeira das Lajes, Durão Barroso garante que Jorge Sampaio, na altura Presidente da República, sabia de tudo e concordou com a realização da Cimeira - passo inicial para a invasão do Iraque, que acabou por se tornar um dos maiores erros das últimas décadas do ponto de vista geoestratégico .”

Grande lata e despudor, ele que, enquanto Presidente da UE não foi mais do que uma marioneta nas mãos de todos  fingindo mesmo ter os olhos fechados  com tudo o que se relacionava com o nosso país.

Cito um parágrafo da minha amiga Tá do blogue Um Jeito Manso que define bem a sua atuação:

"Fez toda a espécie de fretes que lhe pediram, e a triste figura que fez aquando da guerra do Iraque com base em provas que garantiu existirem é coisa que tão cedo não se apagará da memória dos portugueses.”SIC

Pois é mesmo por tudo isto que não resisti a postar aqui a resposta do Dr. Jorge Sampaio dada no jornal Público online que retrata bem como Durão Barroso finge ter memória curta e a usa para seu benefício e descarte:







Opinião
Iraque, evocações presidenciais
Por Jorge Sampaio
07/05/2016 - 19:02
Costuma dizer-se que a memória é selectiva e que os relatos históricos são reconstruções narrativas, que não dispensam nem uma parte de interpretação nem alguma subjectividade. Até poderá ser assim, mas as chamadas fontes em história permitem colmatar lacunas e reconstituir factos passados. Posto isto, inspirado pela leitura dos semanários de fim de semana, atrevo-me a fazer uma breve revisitação dos anos 2002-2003 deste século, determinantes que foram para o caos que hoje se vive no plano internacional. Refiro-me ao Iraque.
Sendo certo que já em 2001 estava na agenda internacional, e sobremaneira na americana, em Portugal, a questão do Iraque só emerge no quadro dos contactos que então mantinha com o primeiro-ministro no início de Setembro de 2002. Lembro-me, concretamente, de uma extensa conversa telefónica sobre a matéria, a 9 de Setembro, aquando do seu regresso de um encontro na Sardenha, com congéneres europeus, durante o qual se teria desenhado com maior clareza a possibilidade, apoiada por ingleses, espanhóis e italianos, de uma intervenção no Iraque, mesmo sem mandato das Nações Unidas.
Recordo bem esta conversa não só por ter marcado a introdução da questão do Iraque na agenda interna, de que passou a ser um ponto recorrente, como por ter revelado ab ovo [de início] as diferenças de posição entre mim e o chefe do executivo. Este, para além de então ter esgrimido o argumento do interesse nacional, que seria o de preservar o elo atlântico no contexto europeu, mencionou ainda que lhe custaria ver certos países do lado dos EUA e Portugal com uma posição diferente – pensando porventura em Espanha –, não sem que, a rematar, me tivesse lembrado que cabia ao governo a condução da política externa, um preceito constitucional que me não ocorreria desrespeitar, mas que me não impedia de emitir opiniões, um direito que a Constituição igualmente reconhece ao Presidente.
A convicção certa, com que então ficara, de que o Iraque se viria a tornar num factor de polarização PR versus PM, foi-se adensando e tornou-se evidente no nosso encontro semanal de 19 desse mês, depois de uma intervenção do primeiro-ministro no Parlamento. Mas, para mim, não era menos premente a necessidade de gerir esta divergência de forma adequada, sem a tornar num factor de vulnerabilização do funcionamento regular das nossas instituições.
O último trimestre de 2002 foi marcado pelo peso crescente da questão do Iraque, quer no plano internacional – fosse das Nações Unidas, em que se deve destacar a aprovação da Resolução 1441 de 8 Novembro ou da NATO, tendo-se realizado a Cimeira de Praga nessa altura –, quer no europeu, com declarações recorrentes no âmbito dos Conselhos de assuntos gerais e das relações externas, reiterando o apoio ao teor da Resolução 1441 e o apelo ao “desarmamento do Iraque no que respeita às armas de destruição maciça”.
No entanto, a verdade é que a unanimidade que parecia subjazer a estas declarações, foi-se estiolando à medida que nos bastidores se intensificaram os indícios de que haveria uma iniciativa militar em preparação. Dentro desta lógica, a procura pelos EUA de apoios levou a uma clara polarização entre os parceiros europeus, de resto ao arrepio das opiniões públicas europeias que manifestaram uma rara unanimidade contra um conflito armado.
A divisão europeia tornou-se óbvia com, por um lado, a tomada de posição conjunta de Chirac e Schröder (22 de Janeiro de 2003) sobre a oposição a qualquer acção militar sobre o regime iraquiano e a chamada “carta dos Oito”, publicada a 30 de Janeiro, que, na véspera, o primeiro-ministro me informara ir assinar, embora sem me mostrar o texto, mas que enquadrou com argumentos semelhantes aos que viria a expender no Parlamento a 31 de Janeiro – ou seja, basicamente que para Portugal a neutralidade não era opção. Entre Fevereiro e Março desse ano, convoquei o Conselho de Estado por duas vezes e todas as intervenções públicas que fiz, designadamente na Declaração ao país a 19 de Março, já depois da Cimeira das Lajes, deixei sempre clara a importância de preservar o papel do multilateralismo na construção da paz e na resolução dos conflitos, bem como o da desejável unidade e autonomia europeias em matéria de política externa.
Sobre a Cimeira em si, e o processo que levou à sua realização nas Lajes – e não em Washington, Londres, Barbados e Bermudas, como terá sido ventilado –, a verdade é que a literatura internacional lhe dá pouca ou nenhuma importância e não tendo eu tido conhecimento dos preparativos, pouco posso dizer. No entanto, quero recordar aqui o telefonema que, pelas 7 da manhã de 14 de Março, recebi do primeiro-ministro, solicitando-me uma reunião de urgência. Para minha estupefacção, tratava-se de me informar que havia sido consultado sobre a realização de uma cimeira nos Açores, essa mesma que, nesse mesmo dia, a Casa Branca viria a anunciar para 16 de Março, daí a pouco mais de 48 horas… Não é preciso ser-se perito em relações internacionais para se perceber que eventos deste tipo não se organizam num abrir e fechar de olhos; e também não é necessário ser-se constitucionalista, para se perceber que não cabe ao Presidente autorizar ou deixar de autorizar actos de política externa.
De qualquer forma, transmiti claramente que tratando-se, como o meu interlocutor afiançava, de uma derradeira e essencial tentativa para a paz e evitar a guerra no Iraque nada teria a opor. Em relação a tudo isto, muito mais poderia recordar, para além da fotografia conhecida que registou um dos momentos mais gravosos deste século, quer seja sobre o papel de Portugal na dita Cimeira, sobre as conclusões da mesma ou ainda sobre tudo o que se seguiu e o início da guerra. Por falta de espaço, não o farei aqui hoje, mas, poderá o leitor interessado por esta questão recorrer ao trabalho sério de Bernardo Pires de Lima, A Cimeira das Lajes (2013), cuja leitura vivamente recomendo.
À laia de conclusão, quero sublinhar três pontos: o presidente tem o direito constitucional a mostrar a sua discordância perante a condução da política externa e não está obrigado a acatar, sem intervenção e passivamente, decisões assumidas pelo Governo; no caso que aqui nos ocupa, entendo ter conseguido uma posição equilibrada pois, por um lado, evitei de facto abrir um conflito institucional que em nada serviria o país, mas, por outro, ao me opor ao envio de tropas para o Iraque, afirmei decisivamente o papel efectivo do presidente como comandante supremo das Forças Armadas; quanto ao mais, quero reafirmar um princípio de natureza geral, é que na política como na vida, importam tanto os resultados como os processos, pelo que a estratégia dos factos consumados contribuem pouco para reforçar a confiança mútua que é o cimento dos laços sociais e do funcionamento das instituições em democracia.
Presidente da República, 1996-2006